quinta-feira, 22 de maio de 2008

Fotos digitais noturnas

Foto tirada com câmera digital Sony DSC P73 da Capela de Nossa Senhora do Monte Serrat em Santos - foto de Emilio Pechini

Uma dica básica para tirar fotos noturnas, que você queira que apareça o fundo (geralmente as luzes da cidade), é improvisar um "tripé", ou simplesmente encostar a câmera em uma superfície fixa. Geralmente as câmeras digitais na opção que aparece uma "lua", tem a captação da imagem mais lenta, ou seja a câmera fica captando a imagem durante quase 1 segundo (é bastante tempo) para absorver toda a luz (que é pouca) do ambiente, portanto não se pode mexer na câmera e o alvo da foto também tem que ficar parado. Muitos se perguntam "como tirar uma foto noturna que apareçam paisagens e pessoas sem ficarem embaçadas?". O segredo é todos (fotógrafo, pessoas e paisagem) ficarem parados, imóveis. Geralmente as câmeras digitais já tem pré-ajustes muito bons para qualquer fotógrafo amador tirar boas fotos. Basta olhar os símbolos dos ajustes, que são auto-explicativos, se você prestar atenção aos símbolos mostrados. A vela, lua, homenzinho...
Reprodução obtida no Site da Sony
A foto ao lado é de uma máquina Sony, mas os símbolos assinalados são universais e servem para quase todas as máquinas fotográficas digitais.
O símbolo que tem a vela, é justamente para tirar uma foto em um ambiente escuro, sem o flash, preferencialmente com alguma luz (pode mesmo ser de uma luz de velas). A máquina quando se apertar o botão para tirar a foto vai abrir o obturador por cerca de 1 segundo (ou mais), para captar toda a luz possível do ambiente escuro. Portanto, a máquina tem que ficar em um tripé, em cima de uma mesa, etc, ou seja, uma superfície imóvel. Claro, não precisa ter tripé, basta acomodar a câmera em superfície e verificar se o "alvo" da foto está bem focalizado.
O símbolo que tem um "homenzinho" e a lua, são para tirar fotos de pessoas próximas à câmera, à noite ou em ambientes escuros e que se queira também que o fundo aparecera, como luzes da rua, um prédio iluminado ou um monumento iluminado. As pessoas não podem se mexer (nem o fotógrafo) no tempo de captação. Uma dica é recomendar às pessoas que só se mexam após você avisar. O flash é acionado porém além do tempo do flash a máquina fica captando a imagem, por mais cerca de 1 segundo ou mais.
E o símbolo que tem apenas a lua, é para se tirar fotos com paisagens noturnas sem pessoas, o flash será acionado e mesmo após o flash ainda a máquina ficará captando as imagens: o fotógrafo tem que arrumar uma maneira da máquina ficar extremamente imóvel. Claro que com a facilidade das máquinas digitais, pode-se fazer experiências em qualquer situação noturna nas três opções. Uma outra possibilidade também é por software você querer propositalmente "clarear" as fotos, de modo a revelar alguma situação que ficou escondida.

Note estas duas fotos:

Foto ficou tremida pois foi tirada sem auxílio de tripé - Vista noturna do Centro de Santos
A foto acima tirada com a "velocidade lenta" que geralmente a máquina se auto-programa com o Flash 2X ou SL e fica com o obturador aberto durante cerca de 1 segundo. Sem apoio nenhum, por mais que eu tenha me mantido parado e tentando não me mexer acaba havendo a imagem tremida.

Na imagem abaixo, com os mesmos ajustes de velocidade da câmera, porém encontrei um apoio (uma mureta) e ainda por cima utilizei o "timer". Ou seja, a máquina fixa e sem o problema de haver alguma vibração por eu ter que apertar o botão de disparo da foto (sim, essa vibração também influencia):
Vista noturna do Centro de Santos - foto de Emilio Pechini

Note na foto acima como as luzes ficaram sem o rastro da foto anterior. Ainda se quiser, pode ainda ajustar por software a foto acima, fazendo um ajuste de foco, apenas para dar um efeito. Mas a foto acima está original (apenas foi reduzida).

As duas fotos abaixo, a mesma coisa:

Foto que ficou tremida pois não utilizado tripé

A foto de cima, as luzes ficam embaçadas e com riscos, na verdade é uma espécie de rastro do movimento da câmera, imperceptível para quem bate a foto, mas a máquina, como fica mais tempo captando a luz acaba sentindo o movimento. A foto abaixo, no mesmo lugar:
Foto parcial de Santos, tirada em uma noite do alto do Monte Serrat - foto de Emilio Pechini

Esta outra foto abaixo, também utilizando a opção "noturna": os carros da avenida à direita estavam em baixa velocidade, e a máquina também não ficou por muito tempo com o obturador aberto. As lanternas vermelhas dos carros geralmente deixam um grande rastro vermelho, algo difícil de não acontecer. A foto abaixo é original, sem qualquer tipo de ajuste por programa de computador (Photoshop, Paint, Photo Editor):
Foto do Morro São Bento em Santos (à esquerda) e da Avenida Getúlio Vargas, no Valongo em Santos - foto de Emilio Pechini

Uma dica importante e que muitos se esquecem: nunca coloque o dedo na lente da máquina. A marca de gordura e suor natural dos dedos podem comprometer a foto. Também deve-se ter cuidado na limpeza das lentes, nada de algo corrosivo. Geralmente um cotonete seco, delicadamente pode remover essas marcas.
Usar o "zoom" da câmera também não é recomendado. Dica: se você quer ver detalhes à distância, pode-se usar o zoom óptico e ajustar a câmera na máxima resolução e depois no computador, você terá uma imagem de tamanho grande, onde você poderá cortar a parte que não interessa. Lembre-se, não use outro zoom além do óptico.

2 comentários:

  1. Nossa Emílio, que fotos lindas!!
    E ótimas as dicas tb. Sou péssima para tirar fotos, já anotei algumas dicas bem legais!
    Aliás, vc já mandou o link do seu blog para a Rosana Hermann? Ela vai adorar!
    Vc escreve super bem e seu blog é tudo de bom!
    Pena que não tenho tempo para visitá-lo sempre, mas já está nos meus favoritos!
    :)

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  2. Obrigado, Paula, são recursos que muita gente não conhece das máquinas digitais e que realmente podem melhorar as fotos!

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