domingo, 29 de agosto de 2010

Encontro de Comunitários dos Trólebus e Bondes

Neste domingo, aproveitando o evento da Música no Bonde, houve um encontro dos comunitários das comunidades do Orkut ligadas aos temas trólebus e bondes de Santos.

O Grupo Folclórico Vasco da Gama animou o passeio de bonde com música típica portuguesa.

O público aguardando para passear de bonde

Passageiros aguardam a partida do passeio do bonde português

Alunos do Colégio Santa Cruz, de São Paulo, em estudo do meio sobre a cidade de Santos

A Rua XV de Novembro e, ao fundo, o bonde

O bonde passando ao lado do prédio da Bolsa Oficial do Café, na região portuária

Orlando e os imãs de geladeira, com imagens do bonde e de Santos, à venda na Praça Mauá

O motorneiro Jessé, mostrando sua carta de habilitação original


Orlando, Picado, Jessé, Werter e Wellington

A Linha Turística de Bondes funciona de Terça à Domingo, das 11 às 17h. Preço da passagem: R$ 5,00 (em 29/08/2010). Informações no site da Prefeitura de Santos: http://www.santos.sp.gov.br/


Participe da comunidade do Orkut Amigos dos Trólebus e Bondes. Clique na figura ao lado ou aqui

Música portuguesa anima os passeios de bonde em Santos

Dezenas de moradores e turistas foram até a Praça Mauá, em Santos, neste domingo de sol. A Linha Turística de Bondes também recebeu estudantes de São Paulo que conheceram a história de Santos através dos relatos "in loco" do guia turístico a bordo do bonde.

E com a programação especial promovida pela Prefeitura Municipal e pelo Restaurante Quinta da XV, o passeio ficou bem animado: a viagem do bonde foi acompanhada de música ao vivo, típica portuguesa.
Um detalhe interessante: o bonde verde e branco é um exemplar que circulou na cidade do Porto, em Portugal.


O projeto Música no Bonde deste domingo (29/08/2010) trouxe o Grupo Folclórico Vasco da Gama que interpretou tradicionais canções do folclore português. Na foto acima, David, Manuel, Toninho, Luciana e Odete.


O reboque do bonde, com os componentes do Grupo Folclórico Vasco da Gama e passageiros.

Horácio da Costa Ganança, que mora na Ponta do Sol na Ilha da Madeira, gostou de ver a música portuguesa a bordo do bonde santista, ao lado de Conceição


Ao centro da foto, Paulo Sérgio, diretor do G. F. Vasco da Gama, ao lado de David (E) e Toninho

Trajes típicos: mantendo as tradições portuguesas no Brasil

O Grupo Folclórico Vasco da Gama promove a cultura portuguesa através da música e da dança, com shows e eventos. Visite o site do grupo (clique aqui).

VÍDEO


Em fase de edição, em breve no ar o vídeo deste evento.


domingo, 22 de agosto de 2010

Os Trólebus do Orquidário

Orquidário Municipal de Santos.
Desde maio de 2009, o Orquidário Municipal de Santos, um dos principais pontos turísticos da cidade e do estado de São Paulo,  encontra-se fechado para obras de reforma e revitalização.


O parque foi inaugurado em 1945, no bairro do José Menino, à duas quadras da praia do mesmo nome e com animais (tucanos, araras, tartarugas, pavões, macacos e guarás). 


O lugar também possui um lago central de 1.180 m² e um pavilhão para exposições das orquídeas e outras plantas ornamentais. 
O projeto da reforma atual prevê uma completa remodelação, ampliação, modernização geral e novas atrações,como recintos especiais para animais e plantas, um mirante com treze metros de altura e jardim sensorial. A reabertura está prevista para o início de 2011.  





O acervo inicial do Orquidário foi montado com orquídeas provenientes do extinto Parque Indígena de Júlio Conceição, uma chácara do ano de 1909 que contava com o maior orquidário ao ar livre do mundo, instalado na esquina da Avenida Conselheiro Nébias com a avenida da praia, e que possuía mais de 100 mil plantas. Veja mais sobre a história do Orquidário no site Novo Milênio.

Vale lembrar que próximo ao Orquidário, na década de 70, foi construída uma estação de pré-condicionamento de esgoto (EPC – José Menino), para bombear o esgoto para o interceptor oceânico (galeria escavada na areia da praia) e o emissário submarino (tubulação submersa) na praia do José Menino; passando a lançar o esgoto previamente condicionado diretamente nas correntes marinhas, a uma distância de 4 km das praias e a 10 metros de profundidade. Leia mais sobre o Saneamento e Balneabilidade das Praias de Santos no site Ecoterra.








TRÓLEBUS DO ORQUIDÁRIO


Trólebus 40 em primeiro plano e o 53 vindo à direita, na Praça Mauá, em 1967

Santos teve duas linhas de trólebus que durante anos levaram moradores e turistas ao Orquidário: foram as linhas 40 e 53.



Trólebus 53 em 1964
Em 03 de agosto de 1964 foi inaugurada a segunda linha de trólebus de Santos, a 53, que ligava o centro da cidade ao Orquidário, via canal 3.

Detalhe: até 1971 o trólebus, vindo da avenida Washington Luiz seguia pela rua Galeão Carvalhal, em direção à Praça da Independência, e depois seguia seu itinerário até o Orquidário, pela avenida Marechal Floriano Peixoto, e voltava por estas mesmas vias, algo impensável nos dias de hoje, Galeão Carvalhal e Floriano Peixoto, vias de mão dupla!




Veja o itinerário completo da Linha 53 de Trólebus, na inauguração:

TRÓLEBUS 53 - ORQUIDÁRIO via Washington Luiz (em 1964)


ida
Rua Martim Afonso
Rua João Pessoa**
Rua da Constituição**
Praça Padre Champagnat
Rua Carvalho de Mendonça**
Av. Washington Luiz
Rua Galeão Carvalhal**
Praça da Independência
Av. Marechal Floriano Peixoto**
Avenida Barão de Penedo
Praça Washington (Orquidário)

volta
Praça Washington
Av. General Francisco Glicério
Rua Maranhão
Av. Marechal Floriano Peixoto
Praça da Independência
Rua Galeão Carvalhal
Av. Washington Luiz
Rua Almeida de Moraes
Rua da Constituição**
Rua Bittencourt
Rua Martim Afonso - ponto final, ao lado do Centro Português.

**na época essas vias eram de mão dupla


Rua Azevedo Sodré, em 1971
O itinerário ficou praticamente inalterado até o início dos anos 1970, quando em 1971 a rua Azevedo Sodré, no trecho entre a Washington Luiz e a Ana Costa, foi pavimentada e os trólebus passaram a não mais trafegar na Galeão Carvalhal, no itinerário de "ida".

Mas, em fevereiro de 1979 a linha 53 foi extinta já que, com o aumento do trânsito na cidade, era insustentável os trólebus circularem na contramão da avenida Marechal Floriano Peixoto, no caminho de "ida". Além disso, os trólebus FIAT que haviam sido importados da Itália já estavam ficando sucateados: da frota original de 50 unidades restavam pouco mais de 20 em operação.

Com a reforma de 25 trólebus italianos e a aquisição de mais trólebus nacionais, a linha 53 de trólebus voltou a circular em junho de 1986, já com nova rede aérea na rua Euclides da Cunha.
Infelizmente, com o declínio dos investimentos do sistema de trólebus de Santos, e com a drástica diminuição da frota de trólebus na cidade, a linha 53 foi definitivamente convertida para diesel em 1993.

TRÓLEBUS 40: ORQUIDÁRIO VIA CONSELHEIRO NÉBIAS

Construção do canteiro central na Conselheiro Nébias
Até o ano de 1966, a principal ligação centro-bairro dos trólebus de Santos era pela avenida Washington Luiz, o canal 3.
Avenidas como a Ana Costa e Conselheiro Nébias, eram corredores dos bondes, e, por questões técnicas, não se instalava trólebus onde havia bondes. Infelizmente, em alguns casos foi necessário extinguir linhas de bondes, como no Macuco e na Conselheiro Nébias.


No Macuco, em outubro de 1966 foram extintas linhas de bondes que deram lugar ao trólebus 8, o "Trólebus do Macuco".

Já na Conselheiro Nébias, foram erradicadas todas as linhas de bondes que atendiam a avenida, em dezembro de 1966. Em seguida, a rede aérea dos bondes daquela avenida foram retiradas, e em seguida, instaladas as redes aéreas dos trólebus, incluindo também a implantação do canteiro central da avenida.
Av. Conselheiro Nébias, ainda com suportes e fiação do trólebus


Vale lembrar que os bondes, na avenida Conselheiro Nébias circulavam pelo centro da avenida, sem canteiro central. Mesmo sem os bondes, parte dos trílhos ainda permaneceram na avenida durante mais de 5 anos.

Em 1967 deu-se a instalação das linhas de trólebus da Conselheiro Nébias: 45, 44, 4 e em 6 de outubro daquele ano foi inaugurada a linha 40 de trólebus. Inicialmente, a linha 40 ia até a Praça da Independência. Pouco depois, a linha 40 foi estendida até o Orquidário, seguindo, o mesmo itinerário final da já existente linha 53.

Veja o itinerário da linha 40 de trólebus, já estendido até o Orquidário, em 1968:


TRÓLEBUS 40 - ORQUIDÁRIO via Conselheiro Nébias (em 1968):


ida
Praça Mauá
Rua General Câmara
Praça Rui Barbosa
Rua João Pessoa**
Rua Conselheiro Nébias**
Avenida Conselheiro Nébias
Rua Embaixador Pedro de Toledo***
Rua Galeão Carvalhal**
Praça da Independência
Av. Marechal Floriano Peixoto**
Av. Barão de Penedo
Praça Washington (Orquidário)

volta
Praça Washington
Av. General Francisco Glicério
Rua Maranhão
Av. Marechal Floriano Peixoto
Praça da Independência
Rua Galeão Carvalhal
Rua Embaixador Pedro de Toledo
Avenida Conselheiro Nébias
Rua Bittencourt
Rua Martim Afonso
Av. São Francisco
Rua Dom Pedro II
Praça Mauá

**na época essas vias eram de mão dupla
*** a rua Governador de Pedro de Toledo era antes denominada Embaixador Pedro de Toledo.

Trólebus na contramão em 1978
Nos anos 1970, assim como ocorreu com a linha 53 de trólebus, Santos perdeu boa parte da frota dos trólebus FIAT que estavam em operação desde 1963.
Sendo assim, em outubro de 1978 a linha 40 foi extinta, por falta de trólebus e pelos problemas causados pela contramão na Floriano Peixoto.

Porém, com a revitalização e reforma dos trólebus FIAT entre 1979 e 1983 e a aquisição dos trólebus Marcopolo no início dos anos 1980, a linha 40 foi reativda, em agosto de 1985, com a instalação de nova rede aérea na rua Euclides da Cunha, evitando-se assim a perigosa contramão na avenida Marechal Floriano Peixoto.

Mas, em 1993, como ocorreu com a linha 53, a linha 40 de trólebus foi convertida para ônibus a diesel, e até hoje está em operação, geralmente servida por microônibus.
O itinerário sofreu algumas alterações, mas, basicamente liga o centro ao Orquidário, via Conselheiro Nébias.


TRÓLEBUS TURÍSTICO

Santos poderá ganhar uma linha turística de trólebus, utilizando a atual estrutura da linha 20, liga o centro da cidade à Praça da Independência..

A ideia atual do trólebus turístico é levar turistas e moradores que estejam no Gonzaga, até a Praça Mauá onde fica o ponto de embarque da linha turística de bondes, e vice-versa.

Uma sugestão é estender a linha turística até o Orquidário, instalando rede aérea até o parque.

Assim, após o passeio de bonde, os turistas e moradores embarcariam no trólebus e seguiriam até o Orquidário. E vice-versa. Ou ainda, levaria também os turistas que estejam no Gonzaga para conhecer o novo Orquidário...

Quem sabe?

domingo, 15 de agosto de 2010

O Funicular do Vesúvio e a música 'Funiculì, Funiculà'

É sem dúvida uma das mais tradicionais músicas italianas, Funiculì, Funiculà. Se você não a ouviu ou não associou a música ao título, então aqui está:



E, interessante que em Santos há o tradicional bondinho Funicular do Monte Serrat, e em outras ocasiões associei o bondinho santista a tal canção, achando que era apenas uma coincidência de nomes. F

unicular é um sistema de dois bondes, que se movimentam em direções opostas em uma elevação, sendo que um bonde contrabalança o peso do outro. O nome deriva do latim, funiculus, diminutivo de funis que significa "corda". Justamente, uma corda, ou melhor um cabo liga os dois bondes.

Mas, na revista Veja desta semana (Edição 2178 • 18 de agosto de 2010 - disponível para leitura no no site Veja.com à partir de 25/08/2010), a crônica de J.R.Guzzo faz menção a um funicular de Nápoles, na Itália, cujo personagem da música citada promete qualquer coisa para levar a amada Nanninè até o alto do Vesúvio pelo bondinho.

Justamente no site da Wikipedia, há informações sobre a música:

"Funiculì, Funiculà" é o nome de uma canção famosa escrita pelo jornalista, poeta e cantautor italiano Giuseppe 'Peppino' Turco e musicada por Luigi Denza em 1880. Ela foi composta para celebrar a abertura do primeiro bonde ou funicular (em italiano: funicolare) do Monte Vesúvio, em 1879. Foi cantada pela primeira vez em Castellammare di Stabia no Hotel Quisisana no dia 6 de junho de 1880 e se tornou um grande sucesso.


E também na Wikipedia, a tradução:

Ontem à tarde, meu amor, eu fui,
sabes para onde, sabes para onde?
Para onde este coração ingrato não pode me desprezar mais!
Onde o fogo queima, mas se tu foges
ele deixa estar!
E não te persegue, não te consome,para que vejas o céu!...
Vamos juntos, vamos lá,
de funicular, subindo de funicular!

Vamos do sopé à montanha, meu amor! Sem (termos de) caminhar!
Podes ver a França,a Prócida e a Espanha...
e eu te vejo!
Puxados por uma corda, antes de nos darmos conta,
vamos para o céu...
Vamos rápidos como o vento e de repente, já saímos!
Vamos juntos, vamos lá,
de funicular, subindo de funicular!

Subimos, meu amor, já chegamos ao topo!
(O funicular) Foi, e retornou, e voltou novamente...
Está sempre aqui!
O topo gira, gira, ao redor, ao redor,
ao redor de ti!
Este coração canta sempre
e não é arrogante
Vamos nos casar, meu amor!
Vamos juntos, vamos lá,
de funicular, subindo de funicular!




O FUNICULAR DO MONTE VESÚVIO

Cartão postal da época, mostrando um dos dois bondes. Este, chamado de Vesúvio, e o outro, Etna

O Funicular do Monte Vesúvio foi o único do gênero instalado em um vulcão ativo. Em 10 de junho de 1879 foi aberto ao público. Uma onda de entusiasmo invadiu o mundo, como evidenciado na famosa canção "Funiculì, Funiculà". Os dois bondes tinham o nome de Etna e Vesúvio. Como já dito, enquanto um bonde sobe o outro desce, sendo que o peso de ambos se contrabalanceam.
Em 1888 a concessão foi transferida para a Th.Cook and Son Company, empresa já conhecida no restante do Mundo.

Em 1903 a ferrovia Pugliano-Vesúvio contribuiu para dobrar o número de turistas transportados até a cratera, forçando a companhia a aumentar a capacidade do funicular com a demolição da antiga instalação e substitução por uma mais moderna além de dois novos carros.
Os dois bondes que substituiram os primeiros, devido a grande demanda de passageiros.
Mas em 1906 a erupção do Vesúvio causou a destruição das estações superior e inferior, o restaurante, os equipamentos, e os dois carros foram engolidos pelas larvas e cobertos pelas cinzas. A atividade eruptiva teve fim em 21 de abril de 1906. Os funcionários do sistema já haviam se afastado do vulcão dias antes, ao perceberem os tremores.
Porém em pouco tempo os danos foram reparados em 1909 e o funicular voltou a funcionar.

Mas em 12 de março de 1911 uma nova erupção destruiu a estação superior outra vez.  Em menos de um ano foram feitos os trabalhos necessários e o sistema funcionou plenamente e, felizmente, permaneceu intacto durante a erupção de 1929.
Em 1944, o vesúvio novamente entrou em erupção, e o funicular foi destruído novamente, e,  já estava sob o poder dos Aliados desde 1943, e não foi mais reconstruído.
Monte Vesúvio, com o funicular coberto pelas cinzas vulcânicas

Décadas depois, em 1991 foram iniciadas obras para a construção de um novo funicular do Vesúvio, porém meses depois as obras paralisaram e não foram mais reiniciadas. Porém, durante as escavações, foram encontrados restos do que seria um dos bondes de 1909.

Veja mais sobre a história do Funicular do Vesúvio no site http://www.funicolarevesuviana.it/history.php (em italiano e inglês)

FUNICULAR DO MONTE SERRAT DE SANTOS NO BRASIL

Vale lembrar que a São Paulo Railway, primeira ferrovia que ligou São Paulo a Santos, já utilizava um sistema de funicular no trecho de serra.
Diferentemente do extinto funicular do Vesúvio, o conhecido Funicular do Monte Serrat  na região central da cidade de Santos é um sistema com um trilho apenas nas extremidades, e no centro do trajeto há uma bifurcação para que um bonde possa ultrapassar o outro.

Funicular do Monte Serrat

Assim como na Itália, o funicular santista também leva até o alto do morro. Claro, na Itália, o extinto bonde levava até o alto do Monte Vesúvio, a 1.220 metros de altitude, na baía de Nápole, no caso, a estação inferior ficava a 700 metros de altitude, ou seja, os funiculares venciam cerca de 500 metros de altitude, em um percurso de cerca de 750 metros. Já o Monte Serrat de Santos está a 157 metros de altitude.

No alto do morro santista há a capela de Nossa Senhora do Monte Serrat, cuja história já citei aqui na postagem A Padroeira X Os Piradas. A estação superior abrigava o antigo Cassino Monte Serrat. As antigas instalações estão preservadas e podem ser alugadas para festas e eventos.

Site do Monte Serrat. Clique na imagem para visitar

Até 1976, junto ao prédio do antigo Cassino ficavam antenas retransmissoras das TV Tupi e Record. Atualmente, estão instaladas torres da Tribuna FM e Cultura FM, e de rádiocomunicação. Também no alto do Morro funcionou o sinaleiro do porto de Santos.
Nos primórdios do porto santista, o morro era chamado de Morro da Vigia, pois a vista privilegiada permite, a olho nu, acompanhar a entrada e saída de embarcações desde a Baía de Santos até os primeiros trapiches do porto, no atual centro histórico.
Do alto do morro avista-se boa parte da cidade de Santos.


A cidade de Santos vista do alto do Monte Serrat

Fontes:

sábado, 14 de agosto de 2010

O Homem do Tempo, na TriFM de Santos

Os ouvintes da Tribuna FM de Santos - 105,5 MHz  tem acompanhado diariamente os boletins do Homem do Tempo Celso Vernizzi, especialmente produzidos para a emissora, com a previsão do tempo para a Baixada Santista. 

Visite o site da TriFM e ouça a rádio ao vivo.



A vinheta utilizada nos boletins é conhecida, pois marcou durante muito tempo as informações meterológicas de Narciso Vernizzi, conhecido por ser O Homem do Tempo, pois em 1963 foi o primeiro radialista a emitir boletins meteorológicos no rádio e também na televisão. Seus prognósticos meteorológicos gozavam de grande fiabilidade, tendo até mesmo criado um instituto de meteorologia. Narciso Vernizzi faleceu em 2005.

CELSO VERNIZZI


Celso Vernizzi, filho de Narciso Vernizzi, deu continuidade ao trabalho do pai, e atualmente mantém o site O Homem do Tempo, com boletins meteorológicos on line. Além da Tri Fm de Santos, o Homem do Tempo também produz boletins para outras emissoras de rádio e podem ser acessados no site www.ohomemdotempo.com.br

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Trólebus de Santos, 47 anos: Reportagem na TV Tribuna

Hoje, aniversário de 47 anos dos Trólebus de Santos, a TV Tribuna de Santos (afiliada da Rede Globo na Baixada Santista e Vale do Ribeira) exibiu uma matéria especial sobre o aniversário do Trólebus.

A reportagem mostrou imagens antigas e atuais dos trólebus, além de uma entrevista com o historiador Waldir Rueda, o motorista do trólebus, Antônio Lopes e também passageiros.

Veja algumas imagens da matéria:
 Os apresentadores do Jornal da Tribuna 1a. edição, Tony Lammers e Vanessa Machado

O historiador Waldir Rueda

A repórter Andressa Ramirez

O motorista do trólebus, Antonio Lopes

Imagens antigas dos trólebus "FIAT", dos arquivos do jornal A Tribuna

Um trólebus da linha 40, em 1968

E um dos atuais trólebus de Santos.

Parabéns à TV Tribuna e a equipe de reportagem, excelente matéria e informações precisas e bastante interessantes para a população.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Stand Up Comedy: Warley Santana recebe Mhel Marrer no Trajano Bar, em Santos





Nesta sexta-feira 06 de Agosto, dois humoristas se revezam no palco do Trajano Bar: Warley Santana e Mhel Marrer. Eles entram em cena de cara limpa, sem cenário, figurino ou personagem.

Com apenas um banco, um microfone e um olhar bem humorado sobre as próprias experiências. Nada de piada pronta sobre português ou Joãozinho.

Eles debocham da própria altura, personalidade, noticias bizarras e até da própria mãe. Não economizam nos palavrões e nas longas pausas, que é para dar tempo ao publico de recuperar o fôlego. Mas e um humor quase matemático, com métrica, sem "buracos de tédio".

Warley Santana ficou conhecido por ser o oitavo homem de preto da turma do programa CQC, da Band: o "assessor de imagem", que fazia entrevistas no fictício programa "Em Foco", e dava dicas de imagens a políticos e personalidades. Warley fez o repórter que dava dicas de postura e atitudes para os entrevistados, sem eles saberem que faziam parte do quadro do programa.


Warley Santana também dedica-se ao cinema e teatro, e ao Stand Up Comedy e está no programa "O Formigueiro" com o CQC Marco Luque, também na Band. Warley é a formiga "Jura".


Mhel Marrer é humorista, iniciou-se na Stand up Comedy em 2009, após vencer um concurso de melhor Stand up Comedian, promovido por Rafinha Bastos no YouTube.

Desde então, participou como convidada de vários grupos de humor do cenário paulistano. Sendo hoje fixa, no consagrado grupo Seleção do Humor.
Seu show é baseado em histórias da sua vida e tudo que envolve o universo femino.
Atualmente, é contratada da Rede Record de Televisão como redatora do programa Legendários, apresentado por Marcos Mion.

Os dois shows são produzidos por Luiz Fernando Almeida da Superbacana Produções.

Trajano Bar - Rua da Paz, 20 - Boqueirão - Santos - SP

Preços:
$20 de entrada
$15 na lista (envie nomes para superbacanaproducoeseventos@gmail.com ate as 17h do dia desejado)
$10  Estudantes, Idosos e Classe Artistica.


Fonte: Superbacana Produções
Agradecimentos: Luiz Fernando Almeida

Trólebus de Santos, 47 anos: Histórico e Perspectivas


12 de Agosto de 1963 é a data que marca o início das operações da primeira linha de trólebus de Santos. Autoridades e populares assistiram a festa de inauguração, curiosos para ver o que seria a mistura de bondes com ônibus, na rua Martim Afonso no centro de Santos, assistiram a festa de inauguração da pioneira linha 5.

Na época, Santos tinha mais de uma centena de bondes circulando, e dezenas de ônibus também. Os bondes tinham tarifa mais baixa e, além de tradicionais, eram os preferidos da população. A ideia dos trólebus para Santos veio do sucesso do sistema implantado em São Paulo, SP. Na capital paulista, os trólebus foram implantados em 1949, inclusive entre 1963 e 1969 a própria CMTC (Companhia Municipal de Transportes Coletivos) paulistana passou a fabricar seus próprios trólebus.

A prefeitura importou 50 trólebus fabricados pela FIAT italiana. Em junho de 1963 o Porto de Santos recebeu o primeiro lote de 5 veículos e posteriormente a frota foi se completando.
Após a inauguração em 1963 da primeira linha, no ano seguinte foi criada a segunda, de número 53, conhecida por "Trólebus do Orquidário". Em 1965 foi inaugurada a linha da Ponta da Praia, a 54.


TRÓLEBUS OCIOSOS ATÉ 1966



Problemas com importação de equipamentos e implantação da rede aérea dificultaram novas inaugurações: apenas 17 trólebus eram utilizados até 1966, e os 33 restantes ficavam na garagem por falta de linhas. Na época, evitava-se ao máximo a coexistência trólebus+bondes na mesma via: ambos utilizavam fiação elétrica aérea, porém diferentes e incompatíveis, ou seja, onde havia bondes não podia haver trólebus. 

Os bondes reinavam absolutos pela avenidas da Praia, Ana Costa, Conselheiro Nébias, Cais, Canais 1, e 2. Para os trólebus restaram as ruas e avenidas sem bondes. Então, a avenida Washington Luiz - o Canal 3 foi a via escolhida para ser a ligação entre o centro à região da Orla nas três primeiras linhas de trólebus de Santos.



DIMINUIÇÃO DE LINHAS DE BONDES PARA A CRIAÇÃO DE NOVAS LINHAS DE TRÓLEBUS




Para a expansão das linhas de trólebus algumas linhas de bondes foram extintas. Com isso, em outubro de 1966 foi inaugurada a quarta linha, a 8. O chamado Trólebus do Macuco, englobou linhas de bondes que seguiam para o Mercado, a Vila Macuco e a Bacia do Macuco. Também em 1966, em dezembro, as linhas de bondes foram retiradas de toda a extensão da avenida Conselheiro Nébias. Com isso os bondes que antes operavam nas linhas 4, 10, 29, 33, 44, 52 e 94 seriam transferidos para outras linhas que permaneciam, reforçando principalmente o tronco da avenida Ana Costa.

Assim, em 1967 deu-se início a implantação da linha tronco de avenida Conselheiro Nébias. Naquele ano foram finalmente inauguradas 4 linhas de trólebus, podendo assim serem utilizados todos os trólebus, deixando apenas alguns trólebus na garagem como reserva. As novas linhas de trólebus da Conselheiro foram as seguintes:
- 45: Centro - Conselheiro Nébias, Afonso Pena até o Canal 5
- 44: Centro - Conselheiro Nébias até o Boqueirão.
- 4: Centro - Conselheiro Nébias, Ferry Boat, via Epitácio Pessoa. Com a inauguração da linha 4, foi extinta a linha 54.
- 40 - Centro - Conselheiro Nébias - Orquidário.



O DECLÍNIO DOS BONDES E TRÓLEBUS



Em 1967 os trólebus estavam a plena carga e haviam planos para expansão do sistema para a Zona Noroeste. Os bondes também cumpriam seu papel, sendo diversas unidades reformadas. Mas, com a perda da autonomia política de Santos, os trólebus e principalmente os bondes sofreram um grande declínio a partir de 1968. A partir dali, acabou-se a expansão de novas linhas, e até mesmo a fiação que havia sido instalada na avenida Nossa Senhora de Fátima (foto) ficou sem mesmo ser inaugurada dando fim ao projeto de trólebus na Zona Noroeste O SMTC enfrentava uma grave crise, culminando com falta de manutenção na fiação dos trólebus e bondes, causando acidentes e quedas de rede, paralisando trólebus e causando engarrafamentos. Por outro lado, a prefeitura santista passava a adquirir grande número de ônibus.
Curiosamente, em dezembro de 1970 implantou-se uma linha turística de trólebus, ligando o Orquidário ao Ferry Boat, funcionando apenas aos domingos daquele mês mas logo foi cancelada.

Em 1971, os bondes foram extintos.

Em 1972, um trólebus foi convertido a diesel. Ao longo dos anos 1970 os trólebus italianos foram ficando sucateados, e muitas linhas foram extintas ou transformadas em ônibus comuns.

Em 1973 veio a crise do petróleo: os bondes, se não tivessem sido extintos provavelmente continuariam circulando. Os trólebus escaparam da extinção.



REVITALIZAÇÃO DOS TRÓLEBUS



No final dos 1970 o governo brasileiro criou um programa para implantação e renovação do sistema de trólebus. Santos foi beneficiada, com a reforma de 25 trólebus italianos restantes e a aquisição de novas unidades, nacionais. Com isso, foram recriadas linhas anteriormente extintas, como a 8 e a 53. Em 1987, 6 trólebus nacionais fabricados pela Mafersa foram comprados pela então CSTC (Companhia Santista de Transportes Coletivos), e em 1988 a linha 20 de ônibus foi eletrificada, com a implantação da rede aérea na Avenida Ana Costa.


NOVO DECLÍNIO NOS ANOS 1990



Nos anos 1990 novamente um novo declínio: os 25 trólebus italianos e diversos trólebus brasileiros adquiridos no início dos anos 1980 foram retirados de circulação em 1993: com isso, quase todas as linhas de trólebus de Santos foram extintas, restando apenas as linhas 4 e 20.

Em 1996, a linha 4 deixa de operar com trólebus, restando apenas a linha 20, em operação com 7 trólebus, sendo 1 fabricado pela empresa Marcopolo e 6 unidades Mafersa.



HOJE: TOMBAMENTO DOS TRÓLEBUS E POSSÍVEL LINHA TURÍSTICA



A importância histórica dos trólebus levou o historiados Waldir Rueda a solicitar o tombamento do sistema de trólebus de Santos em 2006. O processo chegou a ser arquivado, mas em 2009 o historiador solicitou o desarquivamento, e neste ano tornou-se inquérito civil.

Por sua vez, a Prefeitura de Santos anunciou que pretende criar uma linha turística de trólebus.
A linha - que utilizaria os mesmos veículos e percurso da linha 20, irá levar turistas e moradores do Gonzaga até a Praça Mauá, no centro, local de onde partem os bondes turísticos. Com isso, haverá uma integração trólebus-bonde.


TRÓLEBUS DE SANTOS - PERSPECTIVAS



Nos últimos 22 anos não se adquiriu mais nenhum novo trólebus em Santos. Os 6 veículos Mafersa que atendem a única linha de trólebus de Santos são os mesmos que inauguraram a então nova linha 20 em 26 de janeiro de 1988. As redes aéreas das linhas extintas não existem mais, restando apenas alguns suportes espalhados pela cidade, mas que não possibilitam a imediata volta dos trólebus.

Mas a implantação de novas linhas é algo que  melhoraria sensivelmente o transporte coletivo de Santos, do ponto de vista do passageiro:

- o trólebus, vale lembrar tem emissão zero de poluentes. Por si só, poderiam estampar uma bela pintura lembrando a todos que são veículos ecológicos.

- pela sua característica de motor elétrico, o passageiro tem uma viagem mais confortável do que nos ônibus comuns.

- uma rede aérea com manutenção em dia não provoca o desprendimento das alavancas que coletam a energia elétrica.

- a durabilidade de um trólebus é muito maior do que um ônibus comum. Os trólebus atuais de Santos estão há mais de duas décadas circulando.



IDEIAS PARA O TRÓLEBUS TURÍSTICO




 A linha 20 poderia ser "esticada" até o Orquidário, criando-se uma ligação entre os passageiros do bonde até a famosa atração turística, que atualmente encontra-se em reforma. Para isso, basta implantar nova rede aérea ligando a Praça da Independência até a Praça Washington. Seria uma ideia para incrementar ainda mais o projeto do Trólebus Turístico.

Outra ideia para o trólebus turístico seria estender a linha 20 até a Praia, junto ao Bonde fixo que serve de posto de informações turísticas, e ficaria junto com as linhas turísticas dos Seletivos. Numa outra etapa, levar o trólebus turístico até o Aquário, o ponto turístico mais visitado de Santos - e o segundo mais procurado pelos turístas no estado de São Paulo.

Para isso, novos trólebus terão que ser adquiridos.



Hoje, Santos conta com este meio de transporte confortável e não poluente. Há apenas um linha, a 20, que liga o Centro ao Gonzaga, via Ana Costa. Prestigie este transporte coletivo.


Boa Sorte aos Trólebus de Santos! 
12 de Agosto de 2010 - 47 anos em operação