À primeira vista, o título desta postagem deve lembrar o petróleo e gás da Bacia de Santos. Mas, neste caso, falamos de duas "bacias", que já existiam antes mesmo de se dar valor ao chamado "ouro negro", o petróleo.
São as bacias do Macuco e do Mercado, o nome vindo do formato, uma bacia gigante onde pequenos barcos de pesca e de passageiros aportam, dentro da cidade de Santos. Na foto de satélite ao lado, da cidade de Santos, vemos as localizações de ambas. Uma junto ao final (ou começo) do canal 4 (avenida Siqueira Campos), bem no início da avenida Portuária, que é a Bacia do Macuco, nome do bairro onde está situada, na verdade o bairro do Macuco foi dividido em 1968 e atualmente a Bacia do Macuco fica no bairro do Estuário. E a outra, mais acima no mapa, junto ao Mercado Municipal, que até o início do século XX era uma das regiões mais nobres de Santos.
BACIA DO MACUCO
Pelo tamanho e número de degraus e pontos de embarque e desembarque nota-se que era uma região muito movimentada no passado. A "Doca do Canal 4", conforme o site
Novo Milênio foi inaugurada em 1913. Aliás, diz a história que o canal 4 foi projetado para ser navegado a fim de levar os doentes - por barco - ao chamado Hospital do Isolamento, hoje Hospital Guilherme Álvaro. Uma região que fica muito próximo ao movimentado Porto de Santos, cujo local hoje é dominado por caminhões estacionados e depósitos de contâineres nos arredores.
Veja as fotos:
Barcos na Bacia do Macuco
A popular "Bacia do Macuco" hoje em dia também dá nome às redondezas, que simplesmente chamam de "bacia".
Arredores da bacia do Macuco, caminhões e depósitos de conteineres e empresas exportadoras, como a Citrosuco e o Moinho Pacífico.
O Moinho Pacífico, um dos maiores fabricantes de farinha de trigo do Brasil. De sua fábrica, saem esteiras rolantes que desembocam diretamente nos navios do Porto de Santos para exportação.
BACIA DO MERCADOAqui, a Bacia do Mercado, também uma área nobre no passado, hoje bastante degradada, porém há ainda uma grande movimentação de passageiros nas barcas que ligam Santos ao distrito de Vicente de Carvalho, município de Guarujá. O distrito, que tem mais habitantes do que a própria sede, tem duas ligações por barco à Santos: esta, com as barquinhas e a outra, no centro de Santos, com barcas maiores, e que já as visitamos
em outra postagem.
Ali, há também o Mercado Municipal, hoje não tão freqüentado como antes, com poucos boxes utilizados, mas quem sabe, assim como o Mercado Municipal de São Paulo, este tradicional ponto histórico de Santos também possa ganhar um status de ponto turístico e gastronômico? A região também é bem antiga, o Mercado foi construído em 1902, conforme o
site Novo Milênio nos mostra.
Em uma das dependências do Mercado, foi instalado o Restaurante Bom Prato, cuja refeição custa R$ 1,00 - um real. O programa é subsidiado pelo governo estadual e municipal, e serve uma refeição incluindo um suco e sobremesa. Não se pode trazer bebida de fora do restaurante. Ali ao lado também há uma escola e creche municipal.
Veja as fotos:
A Estação Terminal de Passageiros Dr. Eraldo Aurélio Franzese, na Bacia do Mercado
Bacia do Mercado
Obras da avenida Perimetral, agora rumo ao Macuco e Estuário.
Canteiro de Obras da Avenida Perimetral
Trilhos da região do cais do Porto de Santos. Ao fundo, vemos o Moinho Paulista
Uma bela e frondosa árvore às margens da bacia do Macuco.
Uma visão particular do Monte Serrat, com a capela bem em frente.
Restaurante Bom Prato, às 10 e meia da manhã já com filas: o preço da refeição é de R$ 1,00 - e tem pelo me-
nos 1.600 calorias, composta por arroz, feijão, um tipo de carne, legumes, verduras, fruta, suco e pão. Em Santos neste restaurantes são servidas 1.200 refeições diárias, sendo que crianças até 6 anos não pagam. Existem restaurantes Bom Prato também na Capital paulista (15 no total), na Grande São Paulo (Osasco, Santo André, Guarulhos, Mogi das Cruzes) e no Interior Paulista (Campinas, São José dos Campos, São José do Rio Preto, Santos, Sorocaba, Jundiaí e Ribeirão Preto) e em fase de implantação com inauguração prevista até o final deste ano: Tucuruvi, Jabaquara, Taubaté e São Vicente.
Um varal de roupas dentro das dependências do Mercado, provavelmente lençóis e fraudas da creche municipal.
Rua interna do Mercado Municipal
Construções antigas, que ainda permanecem na região da Vila Nova, na Rua Doutor Cochrane.