O dia começou nublado, chuvoso. O que naturalmente nos torna mais introspectivo.
O caminho era longo, e a rota acabou passando por um lugar que me chamou a atenção.
Pedi para parar e olhar por um instante aquele lugar.
Rua Japão
Não que eu seja avesso a contato com as pessoas, mas gosto também de ter a sensação de estar num lugar amplo e deserto. Sim, aquele portal japonês e aquele braço de mar estava povoado de pombos e mais ninguém.
Por alguns instantes, fotos tiradas e até um vídeo improvisado me levaram aquele lugar.
Sem dúvida, um dos lugares mais antigos do Brasil descoberto.
Aquele pedaço de São Vicente, no litoral paulista brasileiro, foi um dos primeiros lugares a serem visitados pelos navegadores brasileiros.
Com certeza, os primeiros barcos também aportaram ali.
Não havia ninguém, só eu... e viajei no tempo.
Alguns passos e logo avistei a Ponte Pensil, aquela tradicional que liga São Vicente-Ilha a São Vicente-continente. Mais uns passos e consegui alinhar a visão da Ponte Pensil com a Ilha Porchat.
Dali, naqueles passos viajei alguns séculos. Descobrimento no início do Século XVI, construção da Ponte Pensil no início do Século XX, e ocupação da Ilha Porchat na segunda metade do século passado.
Ponte Pensil e Ilha Porchat
Já havia ouvido falar da Rua Japão, das festas típicas, dos restaurantes e peixarias. Mas, não fui ali para isso.
Estava apenas de passagem. Cinco minutos, talvez, mas ali há energia.
Voltarei, um dia, para ver aquele mesmo cenário num dia de Sol.
Obrigado, e até mais.
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