domingo, 3 de maio de 2015

Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande - Andando pela História

Vemos a Fortaleza sempre quando estamos na Ponta da Praia, seja nas muretas ou no Deck do Pescador, ou mesmo das janelas de um prédio ou do próprio Museu de Pesca.

A Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande (Creative Commons by Emilio Pechini 01mai2015)


O melhor de tudo é poder andar por aquela construção que remonta o século XVI. Sim, construída em 1584 para poder proteger as vilas de Santos e de São Vicente, contra as invasões piratas.

Nos primeiros anos de sua existência, ela combateu o corsário inglês Thomas Cavendish e em 1615, o corsário holandês Joris van Spilbergen. A artilharia preparada para a Fortaleza, porém, não foi suficiente para impedir os invasores. Assim, a Fortaleza foi fortemente armada e, em 1770, no seu apogeu, dispunha de 28 canhões.

Museu de Pesca. Antes, havia ali o Forte Augusto (ou Forte da Estacada) que funcionava em conjunto com a Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande (Creative Commons by Emilio Pechini 01mai2015)


Logo em frente, no local onde hoje conhecemos como Museu de Pesca e anteriormente, Escola de Aprendizes de Marinheiro, houve o Forte da Estacada, construído no início do século XVIII, que também ficou conhecido como Forte Augusto.
Como o nome diz, Estacada, este forte era feito com uma barreira de estacas e tinha armamentos que auxiliavam o combate em conjunto com a Fortaleza de Santo Amaro. O forte foi demolido no início do século XX e em seu local foi construído o prédio da Escola de Aprendizes de Marinheiro, onde hoje funciona o Museu de Pesca.

O FIM DAS ATIVIDADES DA FORTALEZA DE SANTO AMARO DA BARRA GRANDE E DO FORTE AUGUSTO

Em 1893, a Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande cumpriu sua última missão de artilharia, contra o cruzador República, na Revolta da Armada.

Canhão exposto na Fortaleza. Ele não é original do lugar. Os canhões que pertenciam à Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande foram levados para o Museu Naval do Rio de Janeiro, segundo informações dos monitores da Fortaleza (Creative Commons by Emilio Pechini 01mai2015)


No início do Século XX foi construído um o Forte de Itaipu, e então a Fortaleza de Santo Amaro foi desativada. Para complementar a defesa do Porto de Santos, foi construída uma outra fortaleza, na outra ponta da entrada da Baía de Santos, o Forte dos Andradas.

Durante décadas a construção ficou abandonada, e em 1967 foi tombada pelo Patrimônio Histórico. De 1993 a 2012 sua manutenção ficou à cargo da Universidade Católica de Santos e à partir de então e até hoje é administrada pela Prefeitura de Guarujá, em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

COMO CHEGAR

Na Ponta da Praia, em Santos, na Ponte Edgar Perdigão há as barcas para a Praia do Góes. Basta informar que se deseja ir até a Fortaleza e o barco deixa o passageiro na ponte junto à Fortaleza. Na volta, toma-se o barco no mesmo local. A passagem de cada viagem hoje (03 de maio de 2015) é de R$ 2,50.

 (Creative Commons by Emilio Pechini 01mai2015)


Uma outra opção é através do Guarujá, pela Estrada de Santa Cruz dos Navegantes. O acesso é próximo à Vila.
Não há cobrança de ingresso na Fortaleza. O local conta com sanitários e monitoria, além de exposições temporárias e permanentes.

AS FOTOS

Além de estar 'mergulhado' em um ambiente histórico, com mais de quatro séculos de existência, o local é um excelente cenário para fotos e filmagens.
Veja:

 (Creative Commons by Emilio Pechini 01mai2015)

 (Creative Commons by Emilio Pechini 01mai2015)

 (Creative Commons by Emilio Pechini 01mai2015)


Assista ao videoblog gravado na Fortaleza:


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